quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Minimalismo como filosofia de vida

Minimalismo não é apenas uma moda, ou um ambiente desprovido de mobília, claro e frio, como muitos imaginam.

É muito mais que isso. Para mim é uma filosofia de vida. Eu demorei a entender isso e vivia como a maioria das pessoas, ou seja, tinha um emprego estável, uma vida cheia de compromissos, cheguei a ser consumista ao ponto de sair de casa sempre pensando em comprar algo para me recompensar baseado em meu estresse no trabalho. Confesso que era possessiva e ambiciosa e sempre pensei que para vencer na vida eu precisaria ter uma carreira de sucesso, dinheiro, muitos amigos e muitas posses.

Até que um dia pesquisando sobre o tema sustentabilidade, numa livraria da Av. Paulista, encontrei um livro que tratava sobre simplicidade voluntária. No início achei aquilo uma bobagem, mas depois que passei a entender melhor o conceito fui me interessando pelo assunto até ler o depoimento de pessoas que aderiram a essa filosofia e se viram livres para viver uma vida mais simples e mais feliz. 

Um dos precursores deste movimento no Brasil se chama Jorge Mellom pelo qual tenho grande admiração. Mas em minhas leituras não somente a simplicidade voluntária me chamou a atenção, mas também um outro movimento muito similar descrito como Minimalismo como filosofia de vida. 

Embora esses dois movimentos tenham muitas coisas em comum e convergem para um mesmo fim, resolvi aderir ao Minimalismo. Ainda estou caminhando e descobrindo como me adaptar a essa nova realidade.

A parte mais empolgante disso tudo é a liberdade que você ganha, mas se entregar de corpo e alma ao Minimalismo não é tarefa fácil é preciso estar consciente de que é preciso quebrar tabus e preconceitos proferidos por anos a fio pela sociedade em que vivemos.

Eu ainda não me considero totalmente segura para adotar o minimalismo cem por cento à risca como fizeram os americanos Everett Bogue, Joshua Millburn e Ryan Nicodemus e tanto outros, por isso que digo que para mim é uma questão de adaptação. Quem sabe com o tempo eu poderei amadurecer nesse caminho e ter coragem para me entregar por completo, como eles.

O que fiz até agora foi mudar radicalmente de vida. Larguei meu emprego, mudei de cidade e de vida. Me desfiz de boa parte do que eu tinha como roupas, sapatos e outros objetos inúteis, que não me acrescentavam em nada, pelo contrário, me escravizavam.

Hoje já consigo ir ao shopping e sair sem comprar nada. Aliás, faz tempo que não compro e quando o faço, meu consumo é mais inteligente pois compro apenas o básico e necessário. Geralmente tenho uma lista que é rigorosamente obedecida. 

Meu principal gasto é com a alimentação. Ainda não consigo contar as coisas que eu possuo, mas não tenho pressa e não faço disso uma meta, como muitos minimalistas.

O simples fato de reduzir coisas já me faz bem e ter tempo para me dedicar a coisas que amo fazer, me torna uma pessoa mais sensata, equilibrada e cada dia mais feliz.

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